sábado, 21 de setembro de 2013

Principais artistas futuristas

Principais artistas plásticos futuristas e suas obras (estrangeiros):

- Umberto Boccioni (pintor e escultor italiano):  Formas Únicas de Continuidade no EspaçoThe City RisesThe Street Enters the HouseDynamism of a Soccer PlayerDevelopment of a Bottle in SpaceStates of Mind I: The FarewellsSimultaneous VisionsStates of Mind III: Those Who StayThe Street PaversStates of Mind II: Those Who GoDynamism of a BikerThe LaughSelf-Portrait.

- Luigi Russolo (pintor e compositor italiano):  MattinoSenza titoloAutoritrattoVolo futuristaDonna che leggeDonna albero nubeStudio per 'La Rivolta'Crocifissione con le pie donneMammaTower bridge.
- Giacomo Balla (pintor e escultor italiano):
 Abstract Speed + SoundDynamism of a Dog on a LeashFlight of the SwallowsLines of Movement and Dynamic SuccessionPlastic Construction of Noise and SpeedStreamlines FutureAlberi Mutilati,Boccioni's FistBlack and White Primavera, SpringNumbers in Love,Black and White Futurist ForcefieldThe Hand of the Violinist, Pessimismo e OptimismoSpeed of a MotorcycleShape Noise MotorcyclistPaesaggio e TemporaleAbstract Speed - The Car Has PassedSpeeding Automobile, Auto en Course, Etude de Vitesse,VorticeMercury Passing Before the SunForm-Spirit Transformation,Warship, Widow and Wind (Veil of Vedova and Landscape)Gouache Study, FUTURBlack and White Synthesis of Movement.

 Principais artistas futuristas (Literatura, estrangeiros):
- Vladimir Maiakovski (poeta e dramaturgo russo)
- Filippo Tommaso Marinetti (escritor, editor e poeta italiano)
- Émile Verhaeren (poeta belga)
Fernando Pessoa (poeta e escritor português)
- Joan Salvat-Papasseit (poeta espanhol)

Principal artista plástica futurista (brasileiros):
Anitta Malfatti (pintora, gravadora e desenhista brasileira)
 Principal artista futurista e suas obras (Literatura, brasileiros):
Oswald de Andrade (escritor e dramaturgo brasileiro): Serafim Ponte GrandeOs condenados: I. Alma. II. A estrêla de absinto. III. A escadaA morta: peça em 1 atoUm homem sem profissão: sob as ordens de mamãeFeira das sextasA estrela de absintoO homem e o cavaloMemórias sentimentais de João Miramar,O rei da velaMarco Zero: A revolução melancólicaPrimeiro caderno do aluno de poesia Oswald de AndradeA utopia antropofágica: A antropofagia ao alcance de todosPanorama do fascismo (inédito) ; O homem e o cavalo ; A mortaO perfeito cozinheiro das almas deste mundoEstética e políticaO santeiro do mangue e outros poemas.


Dadaísmo

O Dadaísmo saiu do Cabaret Voltaire, um clube noturno de Zurique, e influenciou a arte em todo o mundo. O movimento foi formado por escritores, poetas e artistas plásticos. Sua importância está na atmosfera de confusão e desafio que desencadeou. O movimento abolia a organização e a postura racional, semeando uma arte espontânea e gratuita, pautada pela falta de sentido. Um de seus principais representantes foi Tristan Tzara, um poeta judeu. Depois do início da 1ª Guerra Mundial, esta cidade havia se convertido em refúgio para gente de toda a Europa. Ali se reuniram pessoas de várias escolas como o cubismo francês, o expressionismo alemão e o futurismo italiano. Isto confere ao dadaísmo a particularidade de não ser um movimento de rebeldia contra uma escola anterior, mas de questionar o conceito de arte antes da 1ª grande guerra.
O movimento artístico conhecido como Dadaísmo surge com a clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo da arte. Trata-se, portanto, de um movimento antipoético, antiartístico, antiliterário, visto que questiona até a existência da arte, da poesia e da literatura. O dadaísmo é uma ideologia total, usada na forma de viver e como a absoluta rejeição de todo e qualquer tipo de tradição ou esquema anterior. É contra a beleza eterna, contra as leis da lógica, contra a eternidade dos princípios, contra a imobilidade do pensamento e contra o universal. Os adeptos deste movimento promovem uma mudança, a espontaneidade, a liberdade da pessoa, o imediato, o aleatório, a contradição, defendem o caos perante a ordem e a imperfeição frente à perfeição.
Dadaísmo  é um movimento que provém da palavra francesa dada, que significa cavalo de madeira. Todavia, seu sentido para o movimento artístico representa exatamente a falta de sentido que pode ter a linguagem. Foi estabelecido que o termo seria utilizado para representar um movimento artístico de tal maneira que simbolizasse sua irracionalidade. Era uma manifestação contrária aos padrões de arte da época e ao progresso que havia levado à Primeira Guerra Mundial. O movimento teve origem em Zurique, na Suíça, no ano de 1916, mas, gradativamente, se alastrou por importantes cidades europeias como Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver e Paris. Mais tarde, chegou, inclusive, a cruzar o Atlântico e ser representado na cidade de Nova York.
Características principais
do dadaísmo:
- Irreverência artística;
- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc.) na composição das obras de artes plásticas.



Cubismo

Este movimento artístico tem seu surgimento no século XX; no ano de 1907, quando Pablo Picasso terminou seu conhecidíssimo quadro “As Senhoritas de Avignon”, considerado o ponto de partida deste movimento; e é considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo. Pablo Picasso e George Braque inspiraram o cubismo e dentre os principais mestres podemos citar Fernand Leger, Juan Gris, André de Lothe, Albert Gleizes e Jean Metzinger. Na literatura figuram-se Apollinaire e Cendras.
O propósito da arte cubista era promover a decomposição, a fragmentação e a geometrização das formas. Os artistas apostaram na simultaneidade de visualizações permitidas a partir da análise de um objeto, isto é, o mesmo poderia ser visto sob vários ângulos, embora sua totalidade pudesse ser inteiramente preservada.O cubismo é um tipo de arte considerada mental, ou seja, desliga-se completamente da interpretação ou semelhança com a natureza, a obra tem valor em si mesma, como maneira de expressão das ideias. A desvinculação com a natureza é obtida através da decomposição da figura em seus pequenos detalhes, em planos que serão estudados em si mesmos não na visão total do volume. Desta forma, um objeto pode ser observado de diferentes pontos de vista, rompendo com a perspectiva convencional e com a linha de contorno. As formas geométricas invadem as composições, as formas observadas na natureza são retratadas de forma simplificada, em cilindros, cubos ou esferas. O cubismo nunca atravessou o limite da abstração, as formas foram respeitadas sempre. As naturezas mortas urbanas e os retratos são temas recorrentes neste movimento artístico. No que se refere ao campo das artes literárias, instaura-se uma fragmentação da realidade por meio da linguagem retratada pelo uso de palavras dispostas de maneira simultânea, no intento de formar uma imagem.

História movimento cubista:
O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''Avignon, pintura que Pablo Picasso levou um ano para finalizar. Nesta obra, este grande artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas. Tanto nas obras de Picasso, quanto nas pinturas de outros artistas que seguiam esta nova tendência, como, por exemplo, o ex-fauvista francês, Georges Braque, há uma forte influência das esculturas africanas e também pelas últimas pinturas do pós-impressionista francês Paul Cézanne, que retratava a natureza através de formas bem próximas as geométricas. 
Historicamente o Cubismo se dividiu em duas fases: Analítico, até 1912, onde a cor era moderada e as formas eram predominantemente geométricas e desestruturadas pelo desmembramento de suas partes equivalentes, ocorrendo, desta forma, a necessidade de não somente apreciar a obra, mas também de decifra-la, ou melhor, analisa-la para entender seu significado. Já no segundo período, a partir de 1912, surge a reação a este primeiro momento, o Cubismo Sintético, onde as cores eram mais fortes e as formas tentavam tornar as figuras novamente reconhecíveis através de colagens realizadas com letras e também com pequenas partes de jornal. 
Na Europa está o maior número de artistas que se destacaram nesta manifestação artística, entre eles os mais conhecidos, além dos precursores Pablo Picasso e Georges Braque são: Albert Gleizes,  Fernand Léger, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Robert Delaunay, Roger de La Fresnaye, e Juan Gris.

Fases do Cubismo:
- Cubismo Analítico (entre os anos de 1910 e 1912) - fase marcada pela união dos trabalhos criados separadamente por Pablo Picasso e Georges Braque. Caracterizado pela decomposição das figuras e formas em diversas partes geométricas, é o cubismo em sua forma mais pura e de mais difícil interpretação.
- Cubismo Sintético (entre os anos de 1913 e 1914) - é a livre reconstituição da imagem do objeto decomposto, assim, este objeto não é desmontado em várias partes, mas sua fisionomia essencial é resumida. Algo muito importante nesta etapa é a introdução da técnica de colagem, que introduz no quadro elementos da vida cotidiana (telas, papéis e objetos variados), o primeiro a praticar esta técnica foi Braque.

Cubismo no Brasil:
Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti.




Futurismo

O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência. Ele fez parte da primeira vanguarda futurista.
O slogan do primeiro manifesto futurista de 1909 era “Liberdade para as palavras”, e considerava o design tipográfico da época, especialmente em jornais e propaganda. A diferença entre arte e design passa a ser abandonada e a propaganda é escolhida como forma de comunicação. Qualquer fronteira ainda existente entre a arte e o design é então eliminada.
O novo é uma característica tão forte do movimento, que este chegou a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Considerava a guerra como forma de higienizar o mundo.
O futurismo desenvolveu-se em todas as artes, influenciando vários artistas que posteriormente instituíram outros movimentos modernistas. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificaram com o fascismo.
O futurismo enfraqueceu após a Primeira Guerra Mundial, mas seu espírito rumoroso e inquieto refletiu no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno.
A pintura futurista recebeu influência do cubismo e do abstracionismo, mas utilizava-se de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens com a pretensão de dar a ideia de dinamismo.
Na literatura, as principais manifestações ocorreram na poesia italiana, que se dedicava às causas políticas. A linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para exprimir a ideia de velocidade.
A França e a Itália foram os núcleos por excelência do Futurismo. Infelizmente, muitos dos artistas que se alistaram em suas fileiras se aliaram também ao ideal fascista. No pós-guerra, porém, esta escola perdeu seu vigor inicial, embora sua alma desassossegada tenha continuado a pairar sobre futuras manifestações artístico-culturais. Nas artes plásticas o futurismo foi inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo. Na literatura, a principal repercussão se dá na poética italiana, veículo de defesa das ideologias políticas.

Principais Características
do  Futurismo:
- Desvalorização da tradição e do moralismo;
- Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;
- Propaganda como principal forma de comunicação;

- Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade;
- Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;
- Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo.
Futurismo na Itália:
Foi em território italiano que o futurismo ganhou grande notoriedade. O fascismo italiano teve grande influência neste movimento artístico na Itália. Os principais artistas plásticos futuristas italianos foram Luigi Russolo, Umberto Boccioni e Carlo Carrá.
Futurismo na Rússia:
O movimento futurista russo recebeu forte influência do socialismo, principalmente após a Revolução Russa de 1917. O grande expoente da poesia futurista russa foi o poeta Vladimir Maiakovski, que fez uma ligação entre a arte e o povo.
Futurismo no Brasil:
No Brasil, o futurismo teve grande influência na produção artística de artistas ligados ao movimento modernista. Anita Malfatti, pintora, e Oswald de Andrade, autor, entraram em contato com o futurismo e o próprio Marinetti, com seu Manifesto Futurista, em suas idas à Europa, em 1912. Muitas ideias e conceitos futuristas foram incorporados às obras destes modernistas brasileiros.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi igualmente inspirada pelo Futurismo. Concepções como a rejeição ao passado, o culto do futuro, o desprezo às reproduções e o cultivo da pureza original vieram perfeitamente de encontro ao que os modernistas buscavam. Eles não desejavam nada mais que substituir padrões artísticos europeus por uma genuína criação nacional, valorizando a arte dos nativos e a cultura produzida pelos africanos.