sábado, 21 de setembro de 2013

Futurismo

O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência. Ele fez parte da primeira vanguarda futurista.
O slogan do primeiro manifesto futurista de 1909 era “Liberdade para as palavras”, e considerava o design tipográfico da época, especialmente em jornais e propaganda. A diferença entre arte e design passa a ser abandonada e a propaganda é escolhida como forma de comunicação. Qualquer fronteira ainda existente entre a arte e o design é então eliminada.
O novo é uma característica tão forte do movimento, que este chegou a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Considerava a guerra como forma de higienizar o mundo.
O futurismo desenvolveu-se em todas as artes, influenciando vários artistas que posteriormente instituíram outros movimentos modernistas. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificaram com o fascismo.
O futurismo enfraqueceu após a Primeira Guerra Mundial, mas seu espírito rumoroso e inquieto refletiu no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno.
A pintura futurista recebeu influência do cubismo e do abstracionismo, mas utilizava-se de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens com a pretensão de dar a ideia de dinamismo.
Na literatura, as principais manifestações ocorreram na poesia italiana, que se dedicava às causas políticas. A linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para exprimir a ideia de velocidade.
A França e a Itália foram os núcleos por excelência do Futurismo. Infelizmente, muitos dos artistas que se alistaram em suas fileiras se aliaram também ao ideal fascista. No pós-guerra, porém, esta escola perdeu seu vigor inicial, embora sua alma desassossegada tenha continuado a pairar sobre futuras manifestações artístico-culturais. Nas artes plásticas o futurismo foi inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo. Na literatura, a principal repercussão se dá na poética italiana, veículo de defesa das ideologias políticas.

Principais Características
do  Futurismo:
- Desvalorização da tradição e do moralismo;
- Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;
- Propaganda como principal forma de comunicação;

- Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade;
- Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;
- Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo.
Futurismo na Itália:
Foi em território italiano que o futurismo ganhou grande notoriedade. O fascismo italiano teve grande influência neste movimento artístico na Itália. Os principais artistas plásticos futuristas italianos foram Luigi Russolo, Umberto Boccioni e Carlo Carrá.
Futurismo na Rússia:
O movimento futurista russo recebeu forte influência do socialismo, principalmente após a Revolução Russa de 1917. O grande expoente da poesia futurista russa foi o poeta Vladimir Maiakovski, que fez uma ligação entre a arte e o povo.
Futurismo no Brasil:
No Brasil, o futurismo teve grande influência na produção artística de artistas ligados ao movimento modernista. Anita Malfatti, pintora, e Oswald de Andrade, autor, entraram em contato com o futurismo e o próprio Marinetti, com seu Manifesto Futurista, em suas idas à Europa, em 1912. Muitas ideias e conceitos futuristas foram incorporados às obras destes modernistas brasileiros.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi igualmente inspirada pelo Futurismo. Concepções como a rejeição ao passado, o culto do futuro, o desprezo às reproduções e o cultivo da pureza original vieram perfeitamente de encontro ao que os modernistas buscavam. Eles não desejavam nada mais que substituir padrões artísticos europeus por uma genuína criação nacional, valorizando a arte dos nativos e a cultura produzida pelos africanos.


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