A
Ilíada é um poema épico cuja autoria é atribuída a Homero, poeta grego, do
século VIII a. C. Nesta obra, o autor descreve a Guerra de
Tróia (entre gregos e troianos) em vinte cantos.
O nome do homem deriva do grego “Ilion” que significa Tróia. Após sequestrarem a princesa grega Helena, os troianos são atacados pelos gregos. Após anos de batalha, os gregos conseguem vencer, após presentearem os troianos com um gigante cavalo de madeira (Cavalo de Tróia). Dentro do cavalo havia centenas de soldados gregos que, de madrugada, saíram da barriga do cavalo e atacaram a cidade inimiga.
O nome do homem deriva do grego “Ilion” que significa Tróia. Após sequestrarem a princesa grega Helena, os troianos são atacados pelos gregos. Após anos de batalha, os gregos conseguem vencer, após presentearem os troianos com um gigante cavalo de madeira (Cavalo de Tróia). Dentro do cavalo havia centenas de soldados gregos que, de madrugada, saíram da barriga do cavalo e atacaram a cidade inimiga.
Esta
obra é uma das mais importantes da antiguidade. Não retrata fielmente a guerra,
pois foi escrita quatro séculos após o fato, mas é um ótimo relato histórico
sobre a cultura, o comportamento e a vida cotidiana dos gregos
antigos. Aquiles, Heitor, Ulisses e Agamenon são os principais personagens
deste poema.
Homero utilizou a cultura oral (histórias que o povo contava) para escrever esta obra.
Homero utilizou a cultura oral (histórias que o povo contava) para escrever esta obra.
RESUMO POR LIVRO
DA ILÍADA
I
Exposição
do assunto. — Crises, sacerdote de Apolo, vêm ao campo dos Gregos para resgatar
sua filha. — Repelido e ultrajado por Agamemnon, invoca a proteção de Apolo. —A
peste, como um castigo divino, lavra pelo exército Grego e mata muitos de seus
heróis. —Aquiles convoca a reunião dos chefes, promete sua proteção ao adivinho
Calcas, e lhe pergunta a causa da cólera de Apolo. — O adivinho a revela e
indica como único meio de afastar o flagelo a restituição de Criseida. — Cólera
de Agamemnon contra Calcas: suas ameaças contra Aquiles. — Este lança mão da
espada, Minerva lhe aconselha, e dócil à voz da deusa limita-se a responder
apenas com insulto o recebido ultraje. — Agamemnon forçado a restituir Criseida
a seu pai, toma de Aquiles a cativa Briseida. — Aquiles, indignado, não quer
mais combater pelos Gregos; invoca sua mãe Tétis, que o consola e lhe promete
vingança. — Volta de Criseida à sua pátria; sacrifício em honra de Apolo.
—Entrevista de Tétis e de Júpiter consentindo em dar a vitória aos Troianos. —
Queixas de Juno e ameaças de Júpiter em presença dos habitantes do Olimpo. —
Graças à intervenção de Vulcano, restabelece-se a paz na assembleia dos
imortais.
II
Júpiter
envia um sonho a Agamemnon, mandando armar os Gregos, e prometendo-lhe a
vitória antes do fim do dia. — Discurso de Agamemnon na reunião dos chefes. —
Nestor toma a palavra e confirma o discurso de Agamemnon. — Os Gregos se
reúnem. —Agamemnon lhes propõe voltar à pátria. — Os Gregos aceitam a proposta.
— Intervenção de Juno. — Seu discurso a Minerva. — Discurso de Minerva a
Ulisses. — Palavras de Ulisses aos diferentes guerreiros que encontra. — Térsites
e sua intervenção contra os diferentes chefes do exército. — Resposta de
Ulisses que castiga o insolente. — Aplauso dos Gregos. — Discurso de Ulisses a
Agamemnon e aos Gregos. — Prodígio explicado por Calcas. — Exortação e
conselhos de Nestor. — Elogio de Nestor por Agamemnon. — Agamemnon faz sacrifícios
a Júpiter com os principais chefes. — Nestor dá o sinal e os chefes põem em ordem
os seus guerreiros, a quem Minerva inspira o ardor dos combates. — Aspecto do exército.
— Invocação às Musas. — Classificação dos navios.
III
Os
dois exércitos avançam um contra o outro. — Páris à frente dos Troianos provoca
os mais bravos dos Gregos ao combate. — Menelau vai ao seu encontro, mas Páris amedrontado
busca refúgio entre os Troianos. — Exprobrações de Heitor. — Resposta de Páris;
propõe sustentar um combate com Menelau do qual Helena será o prêmio. — Heitor,
contente leva o desafio de seu irmão ao herói Grego. — Discurso de Menelau.
—Preparam-se sacrifícios. — Entretanto Íris, tomando a forma de Laódice, vai
ter com Helena, e lhe anuncia as disposições dos dois exércitos — Helena vai às
portas Ceias, onde ela acha a assembléia dos velhos Troianos, que fazem o
elogio de sua beleza. — Ela designa a Príamo os principais chefes Gregos. —
Retrato de Agamemnon, de Ulisses, de Menelau e de Ajax, entre os quais, Helena
sente não ver Castor e Pólux, seus irmãos. — Por conselho de Ideu, Príamo vai
com Antenor ao meio dos dois exércitos. — Agamemnon levanta-se, chama a cólera
dos deuses sobre os perjuros e sacrifica. — Discurso de Príamo, que volta a
Ílio para não testemunhar uma luta em que um de seus filhos pode ser vítima. —
Aprestos e fases diversas do combate. — Páris vai sucumbir quando Vênus o livra
dos golpes de Menelau, o transporta ao leito nupcial, e lhe faz esquecer a
derrota nos braços de Helena, que resiste a princípio e cede enfim. — Menelau
procura em vão seu rival; e Agamemnon reclama para seu irmão o prêmio da
vitória.
IV
Os
deuses reúnem-se no Olimpo. — Júpiter propõe restabelecer-se a paz entre os dois
povos. — Indignação de Juno. — Resposta de Júpiter que entrega Tróia à sua
cólera com a condição dele poder destruir a capricho qualquer cidade fosse ou
não estimada por Juno. — A deusa combina, e, a seu pedido, Júpiter envia
Minerva às fileiras troianas para o fim de fazê-los violar os tratados. —
Chega-se ao Troiano Pândaro, em figura de Laodoco, filho de Antenor, e lhe
persuade de atirar uma flecha contra Menelau. — O filho de Atreo protegido por
Minerva apenas foi ligeiramente ferido. — Dor e discursos de Agamemnon à vista
do sangue de seu irmão. — Menelau o tranquiliza e entrega-se aos cuidados do
sábio Macaon. — Entretanto o exército dos Troianos move-se, e não respira senão
guerra. —Agamemnon longe de perturbar-se, prepara-se para o combate; percorre
as fileiras dos Gregos, felicitando os bravos, e exprobrando os cobardes. —
Aspecto doa dois exércitos. —Descrição da peleja. — Gritos triunfantes dos
Gregos. — Apolo reanima os Troianos, lembrando-lhes o repouso de Aquiles. — Os
mortos espalhados no campo atestam a coragem dos combatentes.
V
Minerva
precipita Diomedes ao combate. — Descrição deste herói. — Sua vitória sobre os
dois filhos do velho Dares. — Vulcano salva a Ideu dos golpes de Diomedes.
—Minerva induz Marte a deixar o campo da batalha, e o conduz às margens do
Escamandro. —Descrição da peleja. — Diomedes ferido por Pândaro, pede a
Estênelo para tirar o ferro da ferida e implora o auxílio de Minerva. — A deusa
acede. — Eneias influi a Pândaro contra Diomedes. — Pândaro sente a ausência de
seus corcéis e maldiz de seu arco inútil. — Sobe ao carro de Eneias para dar
combate a Diomedes. — Estênelo, apercebendo-o de longe, aconselha ao filho de
Tideu que fuja, mas este espera o inimigo de pé firme, mata Pândaro, e fere
Eneias, que escapou à morte por causa do socorro de Vênus. — Entretanto
Estênelo se apodera dos corcéis de Eneias e os confia a Deipilo. — Diomedes vai
em perseguição de Vênus, fere-a na mão, e Apolo se encarrega de salvar a
Eneias. — Vênus, fora dos perigos do combate, pede a Marte seus rápidos corcéis
e foge para o Olimpo. — Palas e Juno procuram prevenir Júpiter contra Vênus. —
Diomedes ousa atacar a Apolo, que o põe em retirada e convida Marte para
socorrer os Troianos. — O deus da guerra, sob os golpes de Acamas, chama os
filhos de Príamo em defesa do povo Troiano. — Discurso de Sarpédon a Heitor.
—Este responde pronto para o combate. — Reaparece Eneias. — Atitude dos Gregos.
—Discurso de Agamemnon, que é o primeiro a atacar. — Descrição do combate. —
Façanhas de Ulisses. — Heitor, indo salvar a Sarpédon, leva a mortandade às
fileiras dos Gregos. —Aparato de Juno e Minerva e sua partida do Olimpo. — Fala
de Juno a Júpiter. — Exortação que ela dirige aos Gregos sob a forma de
Estentor. — Minerva anima a Diomedes contra Marte. — Marte ferido por Diomedes
vai queixar-se a Júpiter, que depois de lhe haver exprobrado a inconstância e
seus furores, o faz curar por Péon. — Volta de Juno e de Minerva ao palácio de
Júpiter.
VI
Retiram-se
os deuses do campo da batalha, e os Gregos se avantajam. — Suas proezas. —
Heitor e Eneias detêm a fuga dos Troianos. — Helena aconselha a Heitor para ir
a Tróia pedir a Hécuba para oferecer um sacrifício a Minerva. — Encontro do
filho de Tideu com Glauco. — Heitor põe em prática o conselho de Heleno; depois
vai ter com Páris e o encontra junto a Helena. — Admoestações que ele lhe
dirige. — Entrevista de Heitor e de Andrômaca. — Páris, tomando suas armas,
junta-se a Heitor, e todos dois correm para o combate.
VII
Heitor
e Páris saem da cidade. — São vencedores: Páris, Heitor e Glauco. — Intervenção
de Apolo e de Minerva. — Apolo propõe suspender o combate. — Minerva consente.
— Por instigação de Heleno, inspirado por estas duas divindades, Heitor chama o
mais bravo dos Gregos a combate. — Silêncio entre os Gregos. — Menelau estranha
o receio e responde ao desafio de Heitor e Agamemnon o detém. — Nestor lamenta
a sua velhice. —Nove guerreiros se apresentam e todos almejam combater com
Heitor. — Ajax, filho de Telamon, é designado pela sorte. — Pedem os Gregos a
Júpiter lhes conceda a vitória ou a deixe indecisa. — Ajax toma suas armas. —
Heitor e Ajax se desafiam. — Combate. — Os dois Arautos Ideu e Taltíbio
intervêm. — Ideu, ao aproximar-se a noite, induz os dois guerreiros a se
retirarem. — Heitor consente. — Festa no campo dos Gregos. — Nestor propõe
suspender a guerra para enterrar os mortos. — Pretende Antenor pôr fim à guerra
e propõe a entrega de Helena e de suas riquezas. — Páris repele a proposta. —
Príamo manda ao acampamento Grego arautos comunicar as concessões de Páris, e
pedir uma suspensão de armas para as honras fúnebres. — Ideu junto a Agamemnon
expõe o objeto de sua mensagem. — O filho de Tideu quer que se rejeite as
proposições de Páris. — Agamemnon julga conceder tréguas. — Ideu volta aos
Troianos. — Funerais. — Os Gregos constroem trincheiras para protegê-los e aos
seus navios. — Netuno na Assembléia dos deuses. — Após a ceia, os Gregos e os
Troianos se entregam ao sono.
VIII
Júpiter
reúne os deuses. — Proibe-lhes auxiliarem aos Gregos e aos Troianos. —Minerva
implora a permissão de aconselhar aos Gregos. — Júpiter vai ao monte Ida.
—Encontro dos dois exércitos: combate. — Júpiter pesa os destinos dos dois
povos em suas balanças de ouro. — Atemoriza os Gregos. — Nestor perseguido por
Heitor e salvo por Diomedes. — Júpiter auxilia os Troianos e lança um raio que
cai junto aos cavalos de Diomedes. — Diomedes a princípio hesita fugir. —
Heitor anima os Troianos. — Juno induz Netuno a intervir em favor dos Gregos. —
Netuno recusa. — Discurso de Agamemnon aos Gregos repelidos além do seu
entrincheiramento. — Sua súplica a Júpiter. — Prodígio. —Façanhas de Diomedes e
de Teucro. — Teucro ferido por Heitor. — Queixas de Minerva e de Juno. — As
duas deusas vão em socorro dos Gregos. — Júpiter manda Íris as deter. — Íris
lhes refere as ameaças de Júpiter. — Volta de Minerva e de Juno. — Júpiter
deixa o Ida e volta ao Olimpo. — Prediz a glória de Heitor até que Aquiles
volte ao combate. — Heitor fala aos Troianos e lhes dá suas instruções para a
noite. — Sacrifícios aos deuses, que não os recebem. — Aspecto do campo dos
Troianos.
IX
Desânimo
dos Gregos. — Discurso de Diomedes. — Conselhos de Nestor. —Setecentos
guerreiros vão postar-se entre a muralha e o fosso para velar na salvação do
exército. — Agamemnon oferece uma refeição aos principais chefes. — Nestor toma
a palavra e propõe abrandar a ira de Aquiles por meio de dádivas. — Agamemnon
fica de acordo. — Enumeração das riquezas que lhe são oferecidas. — Nestor aprova
esta deliberação e designa os chefes que devem ir à tenda de Aquiles. — Partida
dos emissários. — Aquiles, vendo-os, recebe-os com agrado. — Discurso de
Ulisses, em que expõe o objeto de sua missão e convida a Aquiles para ir em
socorro dos Gregos. — Recriminação de Aquiles. — Discurso de Ajax, filho de
Telamon. — Afinal Aquiles declara que não combaterá contra Heitor e despede os
enviados. — Volta dos emissários à tenda de Agamemnon. — O filho de Atreu
interroga a Ulisses. — Ulisses refere a resposta de Aquiles.— Fala de Diomedes.
— Os guerreiros fazem libações aos deuses.
X
Agamemnon
vela enquanto os Gregos dormem — Menelau vem ter com ele e oferece seus
serviços. — Agamemnon dá suas instruções a seu irmão, e os dois Atridas vão
acordar os principais chefes. — Conversação entre Nestor e Agamemnon. —
Despertados os chefes, reúnem-se em conselho. — Nestor propõe mandar um espião
ao campo inimigo. — Vão Diomedes e Ulisses. — De sua parte Heitor reúne os
chefes Troianos e promete um esplêndido prêmio a quem vá espiar o campo dos
Gregos. — Vai Dólon. — Ulisses e Diomedes, vendo-o, o prendem. — Dólon explica
a situação respectiva dos diferentes povos do exército Troiano, e é morto por
Diomedes. — Chegados às tendas dos Traças, Diomedes mata doze guerreiros e seu
rei Reso, que dormiam, enquanto que Ulisses apodera-se dos cavalos. — A
conselho de Minerva, Diomedes e Ulisses se retiram. — Despertados por Apolo, os
Troianos correm ao lugar da mortandade. — Chegam Diomedes e Ulisses ao campo
dos Gregos. — Nestor é o primeiro que os apercebe. — Os Gregos os acolhem com
alegria. — Fala de Nestor. — Resposta de Ulisses. — Depois de haverem
descansado, Ulisses e Diomedes fazem libações a Minerva.
XI
Júpiter
manda a Discórdia à frota dos Gregos para os excitar ao combate. —Agamemnon
orna-se de suas armas. — Conduz suas tropas ao campo da batalha. — Júpiter
interessa-se pelos Troianos. — Heitor prepara-se para não recuar ante os
Gregos. — Temível combate entre os Gregos e Troianos. — Agamemnon admira o
valor dos Troianos. — Derrota dos Troianos. — Júpiter salva a Heitor, quando os
Troianos em fuga. — Manda Júpiter que Íris leve uma mensagem a Heitor. — Heitor
percorre as fileiras e inspira seus soldados com um novo ardor. — Recomeça o
combate. — Novos feitos de Agamemnon, que se retira do combate ferido. — Esta
circunstância reanima o exército Troiano. — Feitos de Heitor. — Vantagem dos
Troianos. — Ulisses e Diomedes restabelecem por sua coragem a dúvida sobre o
êxito do combate. — Júpiter deixa a vitória indecisa. — Os Troianos e os Gregos
se degolam sem embaraço. — Diomedes repele a Heitor, que vai misturar-se com a
multidão dos guerreiros e é ferido por Páris. — Ulisses vai em socorro de
Diomedes, que é conduzido para junto dos navios. — Ulisses fica só no meio dos
Troianos, põe por terra muitos combatentes, e é ferido por Soco. — Soco ia
fugir quando Ulisses o traspassa com a lança. — Quase morto no meio dos
inimigos, Ajax e Menelau correm e o tiram do combate. — Páris fere a Macaon. —
Consternação dos Gregos. — Ajax põe o exército Troiano em fuga. — Heitor, que
estava em outro lado, vem e fere a Ajax. — Aquiles chama seu amigo Pátroclo, e
o manda saber de Nestor novas do combate. — Nestor lhe pinta a triste imagem
das desgraças dos Gregos. — Pátroclo volta a Aquiles para pedir-lhe que socorra
aos Gregos, ou que lhe empreste suas vestimentas e armas a fim de que os
inimigos se iludam e tenham medo. — No caminho encontra Eurípilo ferido; o
conduz à sua tenda, onde tem com ele todos os cuidados.
XII
Combate
geral. — Os Gregos, repelidos aos seus entrincheiramentos temem a presença de
Heitor. — Heitor, à frente de suas tropas, quer passar à muralha dos Gregos.
—Polidamas lhes aconselha descerem dos carros e darem o combate a pé. — Os
Troianos aceitam o conselho e marcham ao assalto, divididos em cinco falanges,
sob as ordens de seus chefes. — Asio, que não obedece o conselho, foi morto por
Idomeneu. — Defesa das portas. — Heitor teima destruir os obstáculos. — A
aparição de uma águia. — Polidamas atemorizado quer fazer cessar o combate. —
Heitor repele os temores. — Os Gregos, firmes em seus postos, fazem grande
mortandade entre os Troianos. — A coragem dos dois Ajax. — Valor de Sarpédon e
de Glauco. — Este ferido foge. — Os Lícios, comandados por Sarpédon são
repelidos pelos Gregos, quando próximos a escalarem a muralha. — Júpiter
interessa-se pelos Troianos. — Heitor lança uma enorme pedra contra uma das
portas, quebra-a, entra no campo dos Gregos com todo o seu exército, e os
obriga a fugir para os seus navios.
XIII
Grande
mortandade feita pelos Troianos entre os Gregos. — Netuno comovido por este
triste espetáculo vem em socorro dos navios Gregos. — O deus do mar desperta a coragem
dos dois Ajax e dos outros combatentes. — Heitor por sua vez encoraja as suas falanges.
— Teucro imola o Troiano Ímbrio — Feitos dos dois Ajax, que ferem a Heitor e o repelem
para longe. — Netuno irritado pela morte de Anfimaco prepara, aos Troianos,
novas calamidades. — O deus excita Idomeneu ao combate. — Idomeneu vai buscar
em sua tenda Merion, seu fiel escudeiro, e com ele se dirige para a esquerda do
exército. — Terrível peleja entre os Gregos e os Troianos. — Júpiter favorece
aos Troianos, e Netuno protege os Gregos. — Idomeneu faz prodígios de valor. —
Pende a vitória para o lado dos Gregos. — Heitor fica em seu posto inabalável.
— Os dois Ajax avançam com seu exército ao encontro do herói Troiano. — A
conselho de Polidamas, Heitor reúne todos os guerreiros, e dirige a Páris amargas
censuras. — Páris defende-se das acusaçôes. — Os dois irmãos lançam-se à peleja
e pretendem levar a perturbação ao centro dos Gregos. — Ajax, certo por um
feliz presságio, recomeça o combate. — Horríveis clamores que se elevam de
todas as partes.
XIV
Nestor,
espantado pelos clamores dos combatentes, sai de sua tenda. — Observa um horrível
espetáculo. — Diomedes, Ulisses, Agamemnon, posto que feridos, vão ao encontro de
Nestor para salvar o exército. — Agamemnon vendo a ira de Júpiter e inquieto
sobre a sorte do combate propõe a fuga. — Ulisses rejeita a proposta. — Diomedes
lhe persuade para voltar ao campo de batalha e com sua presença reanimar os
guerreiros. — Nestor, disfarçado em um velho guerreiro, anima a Agamemnon e o
exército dos Gregos. — Juno quer prestar o seu apoio aos Gregos e prepara-se
para seduzir o pai dos deuses no monte Ida. — Vai a Lemnos e pede ao Sono,
irmão da morte, para adormecer Júpiter. — O Sono atende os votos da deusa. —
Netuno aproveita-se do repouso de Júpiter, anima os Gregos e segue à sua
frente. — Combate. — Heitor é ferido por Ajax. — Os Gregos têm a vitória.
XV
Júpiter,
ao acordar, vê os Gregos vencedores e os Troianos dispersos. — Reconhece ser
obra de Juno e dirige-lhe exprobações. — Juno diz que Netuno é o único culpado.
— Juno, por ordem de Júpiter, vai ter com Íris e Apolo para que reanimem os
Troianos. — Juno anuncia aos imortais a morte de Ascálafo, filho de Marte. —
Quer este deus vingar a morte de seu filho. — Minerva o retém. — Íris força
Netuno a deixar o combate. — Apolo anima a Heitor. — Feitos de Heitor. — À
vista deste herói, Pátroclo aconselha Aquiles para ir ao combate. — Os Gregos
lutam com valor. — Os Troianos se precipitam sobre os navios. —Os Gregos
resistem, e depois fogem. — Ajax volta ao combate e a luta recomeça. — Horrível
mortandade. — Ajax armado de uma lança repele os Troianos de junto dos navios.
XVI
Pátroclo
vai ter com Aquiles, e depois de lhe haver pintado as desgraças dos Gregos, pede-lhe
suas armas para combater com os Troianos. — Aquiles concede-lhas. — Ajax enfraquece.
— Aquiles apressa o seu companheiro a partir, ordena os Tessálios e faz libações
a Júpiter. — Atemorizam-se os Troianos à vista de Pátroclo. — Dá-se um combate junto
aos navios, fogem os Troianos e são perseguidos. — Só Sarpédon resiste. — A
Glaucoé reservado o cuidado de vingar a morte de Sarpédon. — Os Troianos dão
ataque. — Feitos de Pátroclo. — Valor de Glauco. — Os Gregos não se deixam
abater; despojam o corpo de Sarpédon. — Pátroclo esquece as recomendações de
Aquiles e avança aos muros de Tróia. — Luta de Pátroclo com Heitor. — É aquele
morto por Euforbo e Heitor. Heitor persegue a Automedon.
XVII
Sentimento
de Menelau quando soube da morte de Pátroclo. Avança para proteger os restos
inanimados do seu amigo. — Mata a Euforbo mas é repelido por Heitor. — Menelau
e Ajax vão em defesa dos restos de Pátroclo. — Recua Heitor ante Ajax. —
Exprobrações de Glauco. — Heitor toma as armas de Aquiles e anima seus
companheiros a combate. — Combate e mortandade de parte a parte. — Os corcéis
de Aquiles são levados a combate por Automedon. — É o carro atacado por Heitor,
Eneias, e por outros guerreiros. — Os cavalos, graças à sua velocidade, escapam
à perseguição dos Troianos. — Minerva inspira a Menelau um generoso ardor. —
Apolo reanima a Heitor. — Temor de Ajax. — Por ordem deste herói, Menelau manda
anunciar a Aquiles a morte de Pátroclo e a derrota dos Gregos.
XVIII
Antíloco
dá a Aquiles a notícia da morte de Pátroclo. — Dor profunda de Aquiles. — Tétis
com as Nereidas vem consolar seu filho. — Vendo-o animado do desejo de vingança,
ela promete-lhe para o dia seguinte uma nova armadura fabricada por Vulcano.
—Despede as Nereidas e dirige-se para o Olimpo. — Durante este tempo o combate
se reanima em redor dos restos de Pátroclo. — Heitor se apoderaria do cadáver,
se, impelido por Juno, Aquiles não houvesse lançado o terror entre os Troianos.
— Ao anoitecer os Gregos tomam o cadáver e o levam para a tenda de Aquiles. —
Os Troianos reúnem-se para deliberar. —Heitor repele os prudentes conselhos de
Polidamas. — Os Gregos lamentam a morte de Pátroclo e lhe fazem as honras
fúnebres. — Tétis vai ter com Vulcano. — Benévolo acolhimento que teve a deusa.
— Vulcano fabrica para Aquiles as melhores armas, cuja descrição vai no fim
deste canto.
XIX
Ao
amanhecer Tétis traz a seu filho Aquiles as armas fabricadas por Vulcano e o induz
a reconciliar-se com Agamemnon. — Aquiles reúne os Gregos o vai ao campo de batalha.
— Agamemnon reconhece os seus direitos. — Impetuoso a princípio, cede afinal aos
conselhos de Ulisses. — Briseida é restituída a Aquiles. — Agamemnon jura que
jamais tocara na cativa. — Lamentações pela morte de Pátroclo. — Aquiles mesmo
entrega-se à dor e anseia pela hora do combate. — Os Tessálios se formam em
falanges. — Aquiles sobe a seu carro e surdo a uma voz que pressagia-lhe morto
próximo, lança-se furioso no meio dos inimigos.
XX
Júpiter
convoca os deuses. — Segundo as ordens de Júpiter, Juno, Mercúrio, Netuno, Minerva,
e Vulcano colocam-se ao lado dos Gregos; Marte, Apolo, Diana, Latona, o Xanto, Vênus,
do lado dos Troianos. — Apolo excita Eneias contra Aquiles. — Resposta de Eneias.
— Eneias e Aquiles provocam-se e avançam um sobre o outro. — Eneias quase a morrer
é salvo por Netuno. — Novo ardor de Aquiles. — Heitor anima os Troianos. — No momento
em que ele vai atacar a Aquiles, é chamado por Apolo. — Heitor vai misturar-se com
a multidão. — Aquiles mata Polidoro, filho de Príamo. — Heitor quer vingar a
morte de seu irmão. — Apolo oculta o herói Troiano. — Aquiles, irritado por não
poder encontrar o seu inimigo, ataca o grosso dos Troianos e faz grande
mortandade.
XXI
Derrota
dos Troianos à margem do Xanto. — Aquiles, já aborrecido de tantas mortes prende
doze guerreiros Troianos, que devem morrer em memória da morte de Pátroclo.
—Súplica de Licaon. — Morte de Licaon. — Luta de Aquiles e de Asteropeu. —
Aquiles triunfa. — Indignação de Xanto. — Combate de Aquiles e do Rio. —
Diversos episódios produzidos por esta luta. — Combate dos deuses. — Furor de
Aquiles, depois da intervenção de Apolo em favor de Ílio, e da volta dos deuses
para o Olimpo. — Apolo inspira ao divino Agenor a resolução de esperar Aquiles
a pé firme. — Aquiles é ameaçado por Agenor, mas Apolo intervindo salvou-o dos
golpes de Aquiles. — Por um disfarce de Apolo Aquiles afasta-se dos muros de
Tróia.
XXII
Aquiles
reconhece seu erro. — Volta aos muros onde Heitor ousa esperá-lo. — Súplica de
Príamo a seu filho. — Hécuba exorta-o a ter prudência e lhe previne a sorte que
o espera. — Resolução de Heitor. — Aparece Aquiles. — Heitor atemoriza-se. —
Júpiter consulta aos deuses e lhes propõe o salvar a Heitor. — Minerva opõe-se.
— Febo abandona. — Minerva encoraja a Aquiles. — A deusa disfarçada em Deifobo,
induz Heitor a esperar o seu inimigo. — Heitor agradece a seu irmão ter vindo
em seu socorro. — Resposta de Minerva. — Heitor promete, no caso de vencer, não
profanar o corpo de Aquiles. — Este recusa fazer tratados e desafia. — Heitor
evita a azagaia de seu inimigo e lança a sua que inutilizou-se contra o escudo
de Aquiles. — Continuação do combate. — Aquiles triunfa. — Súplica de Heitor. —
Aquiles é inflexível. — Fala dos Gregos, que vêm contemplar o cadáver de
Heitor. — Insulto ao cadáver. — Dor dos Troianos. — Desespero de Príamo. — Lamentações
de Hécuba. — Andrômaca ao saber da morte de seu marido.
XXIII
Aquiles
faz os funerais de Pátroclo. — Seu juramento. — Seu sono. — A visão de Pátroclo.
— Vênus e Apolo protegem os restos de Heitor. — Aquiles prepara jogos fúnebres e
deposita na arena os prêmios aos vencedores. — Jogos.
XXIV
Aquiles
transido de mágoa faz passar o cadáver de Heitor três vezes em redor do túmulo
de Pátroclo. — Os deuses propõem a Mercúrio arrebatar o cadáver de Heitor.
—Juno e Netuno se opõem. — Apolo censura a crueldade de Aquiles. — Resposta de
Juno, que lembra a origem divina de Aquiles. — Juno é convidada a ir ao Olimpo,
onde Júpiter a consola por haver resolvido que o cadáver fosse entregue a
Príamo. — Tétis vai ter com Aquiles e lhe comunica a vontade de Júpiter. —
Preparativos feitos por Príamo para ir pedir o cadáver de seu filho. — Príamo
chega ao acampamento dos Gregos. — Descrição da tenda de Aquiles. — Príamo
lança-se aos pés de Aquiles, e lhe implora em nome de seu pai. — Ao lembrar-se
de seu pai chora o Pelides. — Episódios de tão triste encontro de Príamo e de Aquiles.
— Aquiles promete a Príamo entregar-lhe o cadáver de Heitor e concede-lhe doze dias
de tréguas para as honras fúnebres. — Saída de Príamo d’entre o exército Grego.
—Cassandra apercebeu de longe o velho Príamo. — O povo vai às portas da cidade.
—Funerais de Heitor.
personagens de A Ilíada |
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