terça-feira, 14 de maio de 2013

Alguns Subdeuses Gregos



Adônis- Jovem tido como modelo de beleza masculina e extremamente carismático, que também teve sua imagem estreitamente vinculada a mitos vegetais e agrícolas desde a antiguidade. Embora a lenda seja provavelmente de origem oriental - adon significa "senhor" em fenício -, foi na Grécia Antiga que ela adquiriu maior significação. Múltiplas lendas descrevem sua origem e uma delas diz que seu nascimento foi fruto de relações incestuosas entre Mirra e seu pai Téias, Rei da Síria, que enganado pela filha, com ela se deitou. Descoberta, para não ser morta pelo pai, pediu ajuda aos deuses, que a transformaram então na árvore que tem seu nome.
Maravilhada com a extraordinária beleza do menino, a deusa grega do amor e da beleza sensual, Afrodite, e tomou-o sob sua proteção e entregou-o a Perséfone, deusa dos infernos, para que o criasse. Mais tarde as duas deusas passaram a disputar a companhia do menino, e tiveram que submeter-se à sentença de Zeus. Este estipulou que ele passaria um terço do ano com cada uma delas, mas Adônis, que preferia Afrodite, permanecia com ela também o terço restante. Menino crescido ele e Afrodite se apaixonaram, mas a felicidade de ambos foi interrompida. Ares (Marte), o deus da guerra e amante de Afrodite, ao saber da traição da deusa, decide atacá-lo enviando um javali que lhe desferiu um golpe fatal. Afrodite, que corria por entre as silvas para socorrer o seu amante, feriu-se e o sangue que lhe escorria das feridas junto com o do amante transformou-se em rosas vermelhas. Outra versão do mito conta que Afrodite transmutou o sangue do amado numa anêmona. O jovem morto desceu então ao submundo, onde governava ao lado de Hades (Plutão) e da esposa dele, a deusa Perséfone (Prosérpina), deusa dos infernos. Afrodite então instituiu uma celebração anual para lembrar sua trágica e prematura morte.
Esses festivais anuais ocorriam nas cidades gregas e egípcias, na Assíria, na Pérsia e em Chipre (a partir do século V A.C.) e durante os rituais fúnebres, as mulheres plantavam sementes de várias plantas floríferas em pequenos recipientes, chamados jardins de Adônis. Entre as flores mais relacionadas a esse culto estavam as rosas, tingidas de vermelho pelo sangue derramado por Afrodite ao tentar socorrer o amante, e as anêmonas, nascidas do sangue dele.
 Perséfone, compadecida pelo sofrimento de Afrodite, prometeu restituí-lo com uma condição: ele passaria seis meses no submundo com ela e outros seis meses na Terra com Afrodite. Entretanto, Perséfone também se apaixonou por ele e logo o acordo foi desrespeitado. Isso causou um grande desgosto em Afrodite, e as duas deusas tornaram-se rivais. A peleja entre as duas deusas só terminou com a intervenção de Zeus, que determinou que o rapaz seria livre quatro meses do ano, passaria outros quatro com Afrodite e os restantes quatro com Perséfone. Assim tornou-se então o deus oriental da vegetação, simbolicamente morrendo no inverno, quando desce ao submundo e juntando-se a Perséfone, e regressando à Terra na primavera para juntar-se a Afrodite. Nasce desse mito a ideia do ciclo anual da vegetação, com a semente que permanece sob a terra por quatro meses.

Hécate- também chamada de Perséia, era filha dos titãs Astéria - a noite estrelada e Perses - o deus da luxúria e da destruição, mas foi criada por Perséfone - a rainha dos infernos, onde ela vivia. Antes Hécate morava no Olimpo, mas despertou a ira de sua mãe quando roubou-lhe um pote de carmim. Ela fugiu para a terra e tornando-se impura foi levada às trevas para ser purificada. Vivendo no Hades, ela passou a presidir as cerimônias e rituais de purificação e expiação. Hécate, em grego, significa "a distante" (embora alguns atribuam à origem do nome à palavra egípcia Hekat que significaria "Todo o poder", já que supostamente Hécate teria se originado em mitos do sudoeste asiático que fora assimilada para a religião greco-romana mais tarde).
Hécate é considerada por algumas pessoas a deusa trácia da Lua, e por outras como uma antiga deusa pré-grega das parteiras, do nascimento, da fertilidade, do lado escuro da Lua, da magia, da riqueza, da educação, das cerimônias e do Inferno. Adorada nos locais onde as estradas se cruzavam, ela andava nas noites de Lua nova acompanhada por uma matilha de cães de caça. As pessoas a veneravam deixando oferendas nas encruzilhadas. Como mulher idosa, ela também formou uma tríade com Perséfone (donzela) e Deméter (mãe).
Tinha características diferentes dos outros deuses, mas Zeus atribuiu-lhe prestígio. Após a vitória dos deuses olímpicos contra os titãs, a titânomaquia, Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre sí o universo. A Zeus coube o céu e a terra, a Poseidon coube os oceanos e Hades recebeu o mundo das trevas e dos mortos. Hécate manteve os seus domínios sobre a terra, os céus, os mares e sobre o submundo, continuando a ser honrada pelos deuses que a respeitavam e mantiveram seu poder sobre o mundo e o submundo.
Ela é representada ora com três corpos ora com um corpo e três cabeças, levando sobre a testa uma tiara com a crescente lunar(tiara chamada de pollos), uma ou duas tochas nas mãos e serpentes enroladas em seu pescoço. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a velha senhora. Tendo o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo, ela podia ver o destino, o passado que interferia no presente e que poderia prejudicar o futuro. As três faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, ajudando à deusa Perséfone a julgar os mortos.
Para os romanos era considerada Trívia - a deusa das encruzilhadas, embora a relação dada entre ambas não seja tão perfeita como em outros casos da mitologia. Associada ao cipreste, Hécate se fazia acompanhar de seus cães, lobos e ovelhas negras. Por sua relação com os encantamentos, feitiços e a obscuridade, os magos e bruxas da antiga Grécia lhe faziam oferendas com cães e cordeiros negros no final de cada lua nova. Também combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, o cão guardião do inferno com três cabeças que sempre lhe acompanhava. Todos os animais selvagens eram consagrados à Hécate e por isso, foi mostrada muitas vezes com três cabeças de animais. Como Feiticeira tinha cães fantasmas como servos fiéis ao seu lado.
O tríplice poder de Hécate se estendia do inferno, à terra e ao mar. Ela rondava a terra nas noites da lua nova e no mar tinha seus casos de amor. Considerada uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha, os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias. O próprio Zeus lhe deu o poder de conceder ou negar qualquer desejo aos mortais e aos imortais. Foi Hécate quem ajudou Deméter quando ela peregrinou pelo mundo em busca de sua filha Perséfone.

Quando Perséfone, a amada filha de Deméter foi raptada por Hades - o senhor do submundo - quando colhia flores, sua mãe perambulou em desespero por toda a Terra. Senhora dos cereais e alimento, a grande mãe Deméter mortificada pela tristeza, privou todos os seres de alimento. Nada nascia na terra e Hécate, sendo sábia e observando o que acontecia, contou a Deméter o que havia acontecido a Perséfone.
Zeus decidiu interferir e ordenou que Perséfone regressasse para junto de sua mãe, desde que não tivesse ingerido nenhum alimento nos infernos. Porém, antes de retornar, Perséfone comeu algumas sementes de romã, o fruto associado às travessias do espírito. Assim ela podia passar duas partes do ano na superfície junto da Mãe, era quando a terra florescia. Mas Perséfone devia retornar para junto de Hades uma parte, era quando a terra cessava de florescer.
Hécate espalhava sua benevolência para os homens, concedendo graças a quem as pedia. Dava prosperidade material, o dom da eloquência na política, a vitória nas batalhas e nos jogos. Proporcionava peixe abundante aos pescadores e fazia prosperar ou definhar o gado. Seus privilégios se estendiam a todos os campos e era invocada como a deusa que nutria a juventude, protetora das crianças, enfermeira e curandeira de jovens e mulheres.
Acreditava-se que ela aparecia nas noites de Lua Nova com sua horrível matilha diante dos viajantes que cruzavam as estradas. Ela era considerada a deusa da magia e da noite em suas vertentes mais terríveis e obscuras. Com seu poder de encantamento, também enviava os terrores noturnos e espectros para atormentar os mortais. Frequentava as encruzilhadas, os cemitérios e locais de crimes e orgias, tornando-se assim a senhora dos ritos e da magia negra. Senhora dos portões entre o mundo dos vivos e o mundo subterrâneo das sombras, Hécate é a condutora de almas e as Lâmpades, ninfas do Subterrâneo, são suas companheiras.
Hécate se uniu primeiramente com Fórcis e foi mãe do monstro Cila (Em outros mitos, Cila era uma ninfa que foi transformada por Circe num monstro marinho.) e depois Com Eetes, gerou a feiticeira Circe - a deusa da noite que se tornou uma famosa feiticeira com imenso poder da alquimia. Segundo a lenda, a filha de Hécate elaborava venenos, poções mágicas e podia transformar os homens em animais. Vivendo em um palácio cheio de artifícios na Ilha Ea ou Eana, no litoral da Itália, Circe se tornou a deusa da Lua Nova ou Lua Negra, sendo relacionada à morte horrenda, à feitiçaria, maldições, vinganças, sonhos precógnitivos, magia negra e aos encantamentos que ela preparava em seus grandes caldeirões. O cipreste estava associado à Hécate. Seus animais eram os cachorros, lobos e ovelhas negras. Ela transmite o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo.
Descendente dos Titãs, Hécate não tem um mito próprio e foi uma das divindades mais ignoradas da mitologia grega, mencionada apenas em outros mitos. Participou da Titanomaquia ao lado de Zeus, ajudou Deméter a procurar sua filha Perséfone quando esta foi raptada por Hades e combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, seu cão de companhia no mundo subterrâneo.
Hécate é deusa dos caminhos, dando à humanidade novos caminhos a serem seguidos, e seu poder de olhar para três direções ao mesmo tempo sugere que algo no passado pode interferir no presente e prejudicar planos futuros.
A poderosa deusa possuía todos os aspectos e qualidades femininas, tendo sob seu controle as forças secretas da natureza. Considerada a patrona das sacerdotisas, deusa das feiticeiras(Está associada à cura, a profecia, as visões, a magia, a Lua Minguante, os encantamentos, a vingança, a livrar-se do mal, a riqueza, a vitória, a sabedoria, a transformação, a purificação, as escolhas, a renovação e a regeneração.) e senhora das encruzilhadas, Hécate transita pelos três reinos, a todos conhece mas nenhum domina. Os três reinos são posses de figuras masculinas, mas ela está além da posse ou do ego, ela é a sábia, a anciã. A senhora do visível e do invisível, aguarda na encruzilhada e observa: o passado, o presente e o futuro. Ela não se precipita, aguarda o tempo que for preciso até uma direção ser tomada. Ela não interfere na escolha da direção. Ela oferece apenas a sua sabedoria e profunda visão, acima das ilusões.
Os gregos sempre viam Hécate como uma jovem donzela. Acompanhada frequentemente em suas viagens por uma coruja, símbolo da sabedoria, a ela se atribuía a invenção da magia e da feitiçaria, tendo sido incorporada à família das deusas feiticeiras. Dizia-se que Medéia seria a sacerdotisa de Hécate. Ela praticava a bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas, venenos e ainda para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias da lua e das estrelas.
Como deusa dos encantamentos, acreditava-se que Hécate vagava à noite pela Terra, sempre acompanhada por seus espíritos e fantasmas. Suas lendas contam que ela passava pela Terra ao pôr do Sol, para recolher os mortos daquele dia. Como feiticeira, não podia ser vista e sua presença era anunciada apenas pelos latidos dos cães. Na verdade, as imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes da deusa, protetora da independência feminina, defensora contra a violência e opressão das mulheres, regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.
Em função dessas memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a deusa obscura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com o mal, o perigo e a morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate é necessário reconhecer que as imagens distorcidas não são verdadeiras.
As Moiras teciam, mediam e cortavam o fio da vida dos mortais, mas Hécate podia intervir nos fios do destino. Muitas vezes foi representada com uma foice ou punhal para cortar as ligações com o mundo dos vivos. O cipreste está associado à imortalidade, intemporalidade e eterna juventude. Sendo a morte encarada como passagem transformadora e não o fim assustador e definitivo, essa significação tem origem na própria terra que dá vida, dá a morte e transforma os frutos em novas sementes que irão renascer. 
Com o fim do matriarcado na Grécia, Hécate se tornou a senhora dos ritos e da magia negra. As três faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, onde morava, ajudando à deusa Perséfone a julgar os mortos; a terra, onde rondava nas luas novas; o mar, onde tinha seus casos de amor. Esse tríplice poder de Hécate é comparável ao tríplice domínio sobre o mar, a terra e o céu.
Era a padroeira das Bruxas e em alguns lugares da Tessália, cultuada por grupos exclusivos de mulheres sob a luz da Lua.
Héstia- Filha de Saturno e Cibele (na mitologia romana), filha de Cronos e Réia (para os gregos).  Era a filha mais velha de Cronos Réia, e irmã de Zeus, Hades, Poseidon, Hera, e Deméter. Era a divindade que representava o fogo das lareiras, dos laços familiares, Deusa virginal da fogueira doméstica presente em todos os lares gregos, presidindo desta forma sobre a vida doméstica e sobre as coisas privadas. Héstia é relacionada na mitologia romana como a deusa romana filha de Saturno e Cibele, Vesta, sendo muito respeitada por todos os deuses e mortais. Presidia todos os fogos dos altares de sacrifício e lhe eram oferecidas preces antes e depois das refeições. 
Deusa tão antiga que é invocada simplesmente acendendo o fogo da lareira. Ela foi de vital importância para a civilização porque representa o centro do lar, da comunidade, da cidade, da metrópole. Sem ela não era possível fazer uma refeição, pois ela era o fogo verdadeiro que transformava os ingredientes em alimento.
Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a Héstia de outros altares. Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia.
Seu símbolo era um círculo e os rituais a ela consagrados usavam o fogo. Era relacionada ao deus Hermes, o mensageiro, astuto, protetor e guia dos viajantes, além de protetor dos ladrões. Héstia protegia dentro do lar e Hermes a entrada.
Afrodite induziu Poseidon, deus do mar, e Apolo, deus do sol, a se apaixonarem por Héstia. Ambos a queriam, mas Héstia jurou virgindade perante o irmão Zeus e desprezou o amor tanto de Poseidon como de Apolo, resolvendo permanecer virgem para sempre. Assim recebeu do irmão, a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e dos mortais.
Embora Héstia fosse bastante respeitada por todos, sua imagem não gerou muitas expressões artísticas, talvez pela sua serenidade. Sua imagem era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros.
 Héstia é esboçada em três hinos homéricos. Ela é descrita como "aquela virgem venerável, Héstia", uma das três que Afrodite é incapaz de dominar, persuadir, seduzir ou ainda, provocar nela um desejo de prazer.
Por direito de primogenitura, era uma das doze deusas olímpicas principais, mas não podia ser encontrada no Monte Olimpo, e não fez nenhum protesto quando Dionísio, deus do vinho, cresceu em proeminência e a substituiu como uma das doze. Por não tomar parte nos romances e guerras que então ocupavam a mitologia grega, é a menos conhecida dos principais deuses e deusas gregas. Contudo, foi grandemente honrada, recebendo as melhores ofertas feitas pelos mortais aos deuses. Desistiu do seu lugar e foi acender a lareira para que o novo deus do êxtase e do vinho, Dioniso, pudesse sentar-se no trono.
Segundo Heródoto era uma das divindades cujo nome não se originou no Egito ou no Oriente Próximo. Em Roma o fogo sagrado dela era o símbolo da perenidade do Império. Suas sacerdotisas, as Vestais, faziam voto de castidade e juravam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das Vestais.
Representada como uma mulher jovem trajando um longo vestido, muitas vezes com a própria cabeça coberta por um véu, ela é a deusa que nunca abandona o lar, o Olimpo, e jamais se envolve nas brigas e guerras de deuses ou mortais.
Pluto- É o deus da riqueza, da abundância e da generosidade, filho de Deméter, deusa das plantas, da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano.
Pluto passa, na Teogonia, por ser filho de Deméter e de Iásion. Seu nome significa riqueza. Figura no cortejo de Deméter e de Perséfone, sob a forma de um jovem levando o corno da abundância, criado por Zeus, de onde se podia jorrar infinita quantidade de qualquer coisa que se desejasse. Era representado como uma criança levada pela mão da Fortuna, ou como um velho de olhos vendados carregando uma bolsa assim está porque deveria distribuir a sua riqueza indistintamente entre todos. Não podendo enxergar, também não poderia fazer escolhas próprias, dando a determinadas pessoas muito mais do que a outras. Significaria que o poder benfeitor do deus deveria alcançar a todos, sem nenhum privilégio de classe. Zeus teria cegado Pluto porque este insistia em outorgar seus bens apenas às pessoas honestas. Pluto, assim como a mãe, possuía uma das grandes atribuições divinas sobre a terra: a generosidade.
No seu mundialmente prestigiado Elogio da Loucura, Erasmo de Roterdã qualifica Pluto como pai da insanidade, da própria loucura por ele defendida. Assim, caracteriza-o como pai dos deuses e dos homens, que faz o que quer e quando quer e altera radicalmente as coisas profanas e sagradas; dirige a seu talante a guerra, a paz, os conselhos, os tribunais, as assembleias, as leis, os tratados, as alianças, os assuntos sérios e as coisas erradas; intromete-se sem pedir permissão na vida das pessoas; enfim, governa como quer todos os negócios públicos e particulares dos homens.
Foi relegado à categoria de deus secundário mais tarde, sendo que sua função foi incorporada por Hades/Plutão.
Selene- Deusa da lua, era filha dos Titãs Hipérios e Téia e irmã da deusa Eos (a aurora) e do deus Hélio (o sol), é conhecida por seus incontáveis casos de amor. É, também, deusa dos lunáticos e dos que trabalham na noite (os bruxos). O mais famoso de seus amantes é o pastor Endimion. Outros casos de Selene incluem Zeus com quem ela teve uma filha com Zeus, Pandeia, e Pan que deu a ela um rebanho de bois brancos e quatro filhas com seu irmão Hélios, as Horas, que representam as quatro estações do ano. Alguns dizem que o leão de Neméia, que caiu na Terra, vindo da Lua, é o resultado de um dos casos de Selene com Zeus. Ela se parece com uma mulher jovem de face tão branca quanto a neve que viaja em uma carruagem de prata puxada por dois cavalos. Geralmente ela é mostrada montada em um cavalo ou um touro. Dizem que Selene usa um manto, carrega uma tocha, e tem uma meia lua em sua cabeça. Ela não era um dos doze grandes deuses do Monte Olímpio, mas ela é a deusa da lua. Depois que seu irmão Hélios (deus do sol) completa sua jornada no céu, Selene começa a sua. Antes de sua jornada pelos céus ela se banha no mar. A sedução de Endimion é o caso de amor mais famoso de Selene. Ela se apaixonou pelo pastor Endimion e o seduziu enquanto ele dormia em uma caverna. Sua sedução resultou no nascimento de cinquenta filhas. Como Selene estava profundamente apaixonada por Endimion, ela pediu a Zeus que o deixasse escolher seu destino. Zeus aceitou o pedido de Selene, e Endimion escolheu dormir para o resto de sua vida e nunca envelhecer. Endimion era visitado por Selene todas as noites e beijado por seus raios de luz.
Conta uma das lendas que os demais Titãs, movidos pela fúria da inveja, lançaram o belo e feliz Hélio, o Sol, às água do Erídano. A bela Selene, a Lua, ao tomar conhecimento do trágico destino do irmão, suicidou-se. Diante de tanto sofrimento, Téia não acreditava que o filho estivesse morto e pôs-se a procurá-lo, noites e dias seguidos, nas águas negras do Erídano, até que adormeceu fatigada e, em sonho, o Sol apareceu-lhe e pediu-lhe que não chorasse mais, pois agora ele vivia no Olimpo, ao lado de Lua, junto dos imortais. Ao acordar, ela olhou para o alto e viu seus filhos lá, iluminando tanto o sofrimento como a alegria dos mortais. Assim, todo dia, o Sol acompanha o dia, a Lua acompanha a noite, e sua irmã Eos, a Aurora, vem antes do Sol, anunciá-lo. Outra lenda fala de suas viagens através do céu em uma carruagem puxada por bois ou cavalos.
Embora entre os gregos não houvesse um culto desenvolvido da lua, e indícios de tal culto foram encontrados no Peloponeso após o período clássico. Nas crendices populares desempenhava um papel considerável em relação ao nascimento e falecimento, crescimento e fertilidade, rivalizando inclusive com Artêmis. Era identificada pelos romanos como Diana e em sua forma primitiva ela era adorada como uma vaca com os Chifres da Consagração, em forma de lua crescente. Também era conhecida como tendo grande importância na magia, muito associada à Ártemis ou Hécate, sendo também conhecida pelo nome de Lua ou Luna e tradicionalmente celebrada no dia 7 de fevereiro.


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